MotoGP 18: Mamma mia! No GP da Itália, o ‘velho’ Jorge Lorenzo ressurge
Mugello sempre significa belas disputas na pista. Desta vez não foi diferente. Na MotoGP, Valentino Rossi, que acumular nove vitórias em Mugello (em todas as categorias), conquistou a pole position no sábado, na frente de Jorge Lorenzo, vencedor em Mugello em 2015 e 2016, quando corria de Yamaha.
Na sua segunda corrida em Mugello pela Ducati, estreou um novo apoio das pernas no tanque, pedido feito para poupar mais energia durante as corridas. Em seu favor, além do ótimo histórico em Mugello (com a Yamaha), a pista tem uma imensa reta onde o poder do motor Ducati é um aliado.
Domingo de sol e calor, luzes apagadas e começa o show. Lorenzo larga melhor que Rossi e assume a liderança antes da primeira curva. Como nos tempos áureos de Yamaha dispara na frente enquanto o bicho pega entre os demais pilotos. Na segunda curva, Marc Márquez deu um ‘chega pra lá’ no Danilo Petrucci e Dani Pedrosa fica pelo caminho (mais uma vez no ano), complicando seu future mais uma vez, já que ainda não renovou com a Honda…
Segue o baile. Lorenzo na frente, seguido por Marquez e Rossi. Nas primeiras voltas, muitos pilotos caíram sozinhos e Márquez, o único que havia escolhido pneu duro nas duas rodas, também ficou pelo caminho, após perder a frente e não conseguir salvar — todos os pilotos reclamaram de problemas com o pneu dianteiro após a prova. Retornou para a pista em último, conseguiu apenas uma ultrapassagem e finalizou láááá atrás em 16º. A sorte não estava com o atual campeão em Mugello.
Andrea Dovizioso, parceiro de Lorenzo na Ducati, largou mal mas se recuperou até assumir a segunda posição, atrás de Lorenzo e na frente de Rossi, que brigou forte contra Petrucci e as Suzuki (que terminaram em quarto com Iannone e quinto com Rins).
Não teve tempo ruim dessa vez. Lorenzo se manteve na liderança, sem chances de Dovizioso buscar e cruzou a linha de chegada com seis segundos de vantagem para sua primeira vitória pela Ducati, após 1 ano e meio desde que saiu da Yamaha. Uma vitória inquestionável. Dovizioso em segundo e Rossi em terceiro, para alegria da multidão presente em Mugello, com a tradicional invasão da pista após o término da prova.
Apesar do vacilo na curva 10 e de terminar em 16º, Marquez segue lider no Mundial, seguido por Rossi e Vinãles —que terminou a prova em oitavo e está no veneno com a Yamaha, com declarações fortes como “Vim para a Yamaha para vencer, não para ficar em oitavo” e “Não consigo pilotar essa moto, a Yamaha precisa fazer algo”.
Após a prova, Jorge Lorenzo não escondeu a felicidade com o resultado e ao entrar no seleto grupo de pilotos que venceram na MotoGP com fabricantes diferentes. Mas não escondeu a tristeza das mudanças que melhorariam seus resultados tivessem demorado tanto, o que culminou na prevista separação dele e da Ducati.
Se ele seguirá com bons resultados daqui para frente, não sabemos. Mas seria bem curioso ele vencer mais etapas e de saída da Ducati, lembrando que o ‘acordar’ de Dovizioso foi também em Mugello, em 2017… Seu futuro parece estar encaminhado para retornar a Yamaha, onde reinou por anos com três títulos mundiais, mas em uma equipe satélite, com a mesma moto que Rossi e Viñales usam.
A próxima etapa é em Barcelona, no Circuito de Montmeló, onde Dovizioso venceu em 2017 e Lorenzo, Pedrosa e Rossi tem boas memórias também. Qual piloto tem a sua torcida? Até a próxima!