MotoGP: Como foi o GP da Itália e como ficou a temporada 2021

No dia 30 de maio foi realizado o GP da Itália, etapa 6 da temporada 2021 da MotoGP. Fabio Quartararo venceu mais uma e aumentou sua liderança e no pódio com o piloto Yamaha estavam Miguel Oliveira da KTM e Joan Mir, piloto Suzuki e atual campeão. Aqui vou trazer um resumo da etapa para você que é fã da MotoGP.

Começando do que era esperado: a Ducati chegava com moral em Mugelllo, após vitórias e com o favoritismo teórico de suas motos velozes em uma pista onde sempre quebraram o recorde de velocidade da MotoGP. Nos treinos livres e qualificatório vimos dois pilotos em evidência: Pecco Bagnaia da Ducati e Fabio Quartararo da Yamaha. Coincidentemente os dois pilotos que chegaram em Mugello no topo da classificação da temporada. A pole position ficou com Quartararo, que quebrou o recorde do tempo de volta da pista, com 1min45s187 e colocou 0s230 em cima do tempo de Bagnaia. Com a Yamaha de Quartararo, largaram na primeira fila as Ducati de Bagnaia e Johann Zarco.

Havia uma previsão de possibilidade de chuva no fim de semana que não se concretizou. Houve durante o sábado um acidente grave envolvendo dois pilotos da Moto3 durante o qualificatório e no domingo, antes da largada da MotoGP foi confirmada a morte do piloto Jason Dupasquier, de 19 anos. Um minuto de silêncio em homenagem ao piloto suíço e todos prontos para competir. É necessário MUITO foco para lidar com situações extremas assim e após a corrida alguns pilotos deram declarações sobre como é desafiador lidar com essa realidade extrema.

Na largada, Quartararo disparou na frente – com o novo dispositivo de largada da Yamaha – seguido por Bagnaia, que assumiu a liderança mas logo caiu. Falando em cair, antes da largada, na volta de aquecimento, o piloto Enea Bastianini, da equipe Avintia (Ducati satélite, cometeu um erro e bateu na traseira da moto de outra Ducati, de Johann Zarco. Bastianini fora da prova e quase tirou mais uma Ducati da corrida por pura desatenção. O clima era tenso.

Voltando para a corrida, Quartararo disparou e conseguiu colocar até 4 segundos de vantagem contra os rivais durante a corrida. Zarco foi o que chegou mais perto do combate com Fabio, mas era dia da Yamaha, era dia de Quartararo, que me lembrou os tempos de ouro de Jorge Lorenzo que fazia corridas perfeitas e vencia com tranquilidade os rivais. Durante a prova algumas ocorrências. Marc Márquez trombou com Brad Binder e caiu. Franco Morbidelli deu azar de estar na rota da Honda de Márquez e teve que sair da pista com a sua Yamaha satélite, prejudicando sua corrida.

Alex Rins, piloto Suzuki, foi outro que ficou pelo caminho e mais uma vez caiu sozinho. Sinal de alerta se eu fosse responsável pela equipe Suzuki, pois Mir é menos experiente que Rins na MotoGP e muito mais regular nos resultados. Mir está com 65 pontos contra 23 pontos de Rins após Mugello… Outro piloto que precisa melhorar os resultados é Maverick Viñales, da Yamaha, que não consegue ser regular nos resultados.

Voltando para a corrida, Quartararo dominou a prova e venceu sem ser incomodado. Zarco perdeu rendimento no fim da prova e perdeu posições para Miguel Oliveira da KTM e Joan Mir da Suzuki. Uma trapalhada da organização da prova fez provisoriamente Zarco ter assumido o terceiro lugar por uma penalidade de passar na zona verde da pista de Oliveira e logo mudaram para uma infração de Mir por passar pela zona verde da pista no mesmo ponto na mesma volta. Essas zonas verdes da pista passaram a ser monitorada por sensores em 2021 – mas pelo visto ainda precisa ser aprimorado. Com isso o pódio ficou com Quartararo em primeiro, Oliveira em segundo e Mir em terceiro. Jack Miller que veio de duas vitórias fez uma corrida apagada e finalizou em sexto lugar.

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A grande derrotada da etapa foi a Ducati que tinha tudo para ter assumido a liderança, mas era dia de Quartararo, era dia da Yamaha triunfar na terra da Ducati. Seria uma ironia do destino com a Ducati na temporada se a Yamaha não tivesse um histórico de vitórias nessa pista. Quartararo de 2021 é o mais perto que a Yamaha tem desde a saída de Jorge Lorenzo no fim de 2016 e é sim um potencial candidato ao título em 2021 pela sua regularidade, fator chave que deu o título em 2020 para Joan Mir.

Valentino Rossi, lenda em atividade na MotoGP, conseguiu um décimo lugar, que não conseguia depois de muitas corridas. Ele está no impasse de qual será a moto da sua equipe em 2022, em negociações entre Yamaha e Ducati, mas também precisa decidir se renova ou não sua jornada como piloto. Cada dia mais vemos um fim da jornada para Rossi, que não consegue mais andar no mesmo ritmo da juventude que está dominando a MotoGP. Esse fim de semana pode ter sido a última vez que Rossi correu em Mugello, palco de grandes festas da legião de fãs do piloto italiano.

Como ficou a classificação da temporada 2021 após Mugello?

Fabio Quartararo aumentou a vantagem de 1 ponto para 24 pontos após a sua vitória na Itália, somando 105. Johann Zarco assumiu a vice-liderança com 81 pontos, Francesco Bagnaia em terceiro com 79 pontos e Jack Miller tem quarto com 74 pontos. Yamaha no topo, seguida de perto por três Ducati.

Seguindo o calendário, os pilotos seguem na Europa, voam de Mugello para Barcelona, onde será realizado em 6 de junho o GP da Catalunha, etapa 7 da temporada 2021. Quantas reviravoltas ainda veremos nessa temporada?