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MotoGP: veja o que foi destaque no GP da Indonésia

Depois de 25 anos a Indonésia voltou a receber uma corrida do Mundial de Motovelocidade, em Mandalika. E que fim de semana intenso para os pilotos, marcado pela chuva, atraso de uma hora na largada da corrida da MotoGP por isso e por muitas quedas.

Marc Márquez, piloto Honda, caiu muitas vezes nos treinos e após uma forte queda no treino de aquecimento no domingo de corrida foi vetado de correr pelos médicos. Após a corrida, divulgou que seu problema no olho (diplopia) voltou, mas com menos gravidade. Mesmo assim o piloto não compete no GP da Argentina, em recuperação. Novamente, o futuro profissional do piloto espanhol de 29 anos 8 vezes campeão mundial de motovelocidade é colocado em dúvida. Vamos torcer pela total recuperação do piloto.

Marc Márquez segue em uma fase turbulenta da sua carreira na MotoGP

Enquanto isso, o colega de time Honda, Pol Espargaro, que no Qatar falou que agora a Honda não tinha só Marc Márquez, se antecipou na empolgação pelo pódio conquistado na etapa de abertura da temporada, pois na Indonésia finalizou apenas em 12º lugar como o melhor piloto Honda. Pol precisa de melhores resultados, inclusive se pretende se manter como piloto Honda no futuro próximo.

Mais um final de semana para os pilotos de fábrica Ducati esquecerem. O time que foi campeão em construtores e equipes em 2021, colocados como favoritos ao título em 2022, sendo mais específico, Pecco Bagnaia. Ainda está bem abaixo do que se esperava deles em 2022. Pelo menos até aqui. Bagnaia parece perdido na pista. Jack Miller gastando mais tempo discutindo ultrapassagens que sofre de outros pilotos do que dando resultado com a sua moto na pista. Alerta na garagem do time vermelho.

Pecco Bagnaia (piloto 63), visto por muitos como favorito ao título em 2022, ainda não mostrou sua competência na pista

Como o campeonato esse ano é maior, ainda existe muita oportunidade de recuperarem nas muitas etapas que ainda teremos. Ainda sobre pilotos Ducati, novamente Jorge Martin, piloto satélite Ducati no time Pramac, ficou pelo caminho, caindo na frenagem no final da reta principal em um ponto do circuito com problema de drenagem. Os 3 podem passar em alguma benzedeira para tirar essa má sorte do começo da temporada. Em contrapartida, o experiente Johann Zarco do time Pramac fez ótima prova e fechou o pódio em terceiro lugar – e segue declarando que a moto Ducati ainda não é a campeã que os outros falam pois precisa de melhorias – e Enea Bastianini, da equipe Ducati Gresini, segue líder da temporada na MotoGP.

No caos da corrida na Indonésia, três pilotos de três marcas diferentes no pódio mostrando o equilíbrio da MotoGP!

Novamente vimos a KTM surpreendendo com seus pilotos do time de fábrica. No Qatar Brad Binder  foi destaque. Na Indonésia foi a vez do português Miguel Oliveira, que largou em sétimo e superou os rivais de Ducati, Yamaha e Suzuki, assumiu a liderança e sumiu, não dando chance de combate pela liderança colocando quase 5 segundos de vantagem sobre Fabio Quartararo.

Oliveira sobrou na Indonésia e mereceu muito a vitória em uma corrida com dificuldade extra pela chuva e os problemas de drenagem do circuito que tornaram a corrida mais perigosa para os pilotos. Seria a grande surpresa da temporada se os pilotos KTM manterem essa frequência no pódio e quem sabe, finalizarem campeões em 2022. A MotoGP é incrível por isso, por mais que se espere que algo aconteça, na corrida, literalmente tudo pode acontecer e essa magia faz esse campeonato ser tão incrível!

Miguel Oliveira sobrou na Indonésia com a sua KTM e saiu com a vitória

Quem foi o melhor piloto de cada fabricante no GP da Indonésia?

O melhor piloto KTM foi Miguel Oliveira, que ganhou a corrida.

O melhor piloto Yamaha foi Fabio Quartararo, em segundo lugar.

O melhor piloto Ducati foi Johann Zarco, em terceiro lugar, lembrando que ele é piloto satélite.

O melhor piloto Suzuki foi Alex Rins, em quinto lugar.

O melhor piloto Aprilia foi Aleix Espargaro, em sétimo lugar.

O melhor piloto Honda foi Pol Espargaro, em décimo segundo lugar.

O novato Darryn Binder (piloto 40) deu trabalho para os experientes durante a corrida na Indonésia. A foto fala por si só…

Um ponto interessante foi o desempenho do novato Darryn Binder. Na sua segunda corrida na MotoGP, na chuva, em condições bem ruins, Darryn Binder, que veio da Moto3 direto para a MotoGP, se manteve firme em uma disputa pela sétima posição até que seu irmão Brad Binder com a KTM deu um “chega pra lá” nele e com isso o jovem Binder perdeu algumas posições. Mesmo assim, finalizou em décimo lugar com a Yamaha satélite, superando pilotos como Enea Bastianini (que segue líder na MotoGP), Pol Espargaro, Maverick Viñales. Vamos acompanhar a evolução de Darryn, que não deixa se der uma aposta interessante da Yamaha na MotoGP.

Quem estava na pista e eu nem vi: Franco Morbidelli (Yamaha), Maverick Viñales (Aprilia) e Alex Márquez (Honda satélite).

Após o GP da Indonésia a classificação geral ficou com Enea Bastinini (Ducati Gresini) em primeiro com 30 pontos, seguido por Brad Binder (KTM) com 28 pontos e Fabio Quartararo (Yamaha) em terceiro com 27 pontos.

Depois da caótica e molhada passagem pela Indonésia, a próxima batalha da MotoGP é na Argentina em 3 de abril de 2022. Seguimos atentos no show!

MARCELO BARROS

Criador de conteúdo sobre motos desde 2011, com uma abordagem didática. Compartilha aprendizados e busca sempre as respostas certas para orientar boas escolhas na compra e uso de motos, ajudando motociclistas a andar com confiança.

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