Corrente, correia e cardã: entenda as diferenças na moto

Em nosso perfil no Instagram recebemos uma pergunta interessante que decidimos trazer aqui para o site: “Qual é a melhor? Corrente, cardã ou correia?” Começo explicando que corrente, cardã ou correia são opções de sistema de transmissão final de motocicletas. Além disso, não existe necessariamente uma que é melhor, pois cada uma delas tem características que são positivas em um tipo de uso e negativas em outro propósito.

A transmissão final por corrente se destaca pelo baixo custo. É a que exige mais manutenção na lubrificação e ajuste da folga durante a sua vida útil – que é a menor das três opções. Em compensação é super fácil fazer essas manutenções. Para utilização no fora de estrada é a melhor opção também. Na troca, é indicado que o conjunto coroa, pinhão e corrente seja substituído de uma vez sempre. É utilizada na maioria das motocicletas do mercado, incluindo todas de offroad.

A transmissão final por correia tem maior durabilidade quando comparada com a corrente, sai o metal da transmissão por corrente e entram plásticos nobres de alta resistência. A coroa e pinhão duram cerca de três vezes mais que a correia, por isso não precisa ser trocado o conjunto como na transmissão por corrente. Não precisa de ajustes ou lubrificação, apenas limpeza.

O seu intervalo de manutenção dela já é muito menor quando comparado ao de uma moto com corrente. Essa opção é muito utilizada pela Harley-Davidson. Nas scooter também é utilizada correia na transmissão final, porém, com câmbio automático, o que traz outra construção bem diferente e a coloca em “outra categoria”, fora desse comparativo, pelo menos, por enquanto…

A transmissão final por cardã é muito utilizada pela BMW Motorrad em sua história. Ela é basicamente um eixo que sai do câmbio e vai até a roda traseira, ligada por um diferencial. Tem praticamente zero manutenção. O ponto contra é que é uma opção muito cara para aplicar nas motos e apenas motos de alta cilindrada possuem.

Leia também! O que ninguém tem conta sobre a primeira moto

Além disso, é a transmissão que mais afeta negativamente o peso da moto, pois é a mais pesada. Antes do lançamento da geração atual da Triumph Explorer 1200, que também utiliza cardã, li que a marca estudava mudar a transmissão final para corrente. O ganho disso era uma redução de cerca de 15 quilos no peso da moto.

Sabemos que a transmissão final sempre tem perda em relação aos números de potência e torque que são entregues no virabrequim. Em uma ordem de eficiência – ou de menor perda desse desempenho do motor – ficam a transmissão por corrente, a correia e por último o cardã.

Esse foi um resumo bem objetivo de cada tipo e poderia falar muito mais. A ideia é entregar sempre as informações da forma mais clara e de fácil entendimento possível aqui no MOTORDOMUNDO. Curtiu? Gostaria de sugerir um assunto para ver aqui? Deixe nos comentários!