Meio ambiente: Internet das Coisas como propulsora da sustentabilidade
Em junho, mês do meio ambiente, muitas discussões antigas e novas surgem a respeito de sustentabilidade, e é natural que o transporte apareça quase sempre no centro das atenções. Os veículos estão na lista dos maiores poluentes do planeta com o processo de queima e evaporação de combustível. Segundo dados do SEEG, os transportes de cargas e passageiros, foram responsáveis pela emissão de cerca de 1 Milhão de toneladas de Óxidos de Nitrogênio (NOx), em 2020.
Os NOx estão entre as substâncias tóxicas emitidas por veículos, e que quando absorvidas pelo sistema respiratório produzem efeitos negativos para a saúde, bem como também contribuem para a chuva ácida. No entanto, os valores apresentados em 2020 já são menores do que o demonstrado em 2013 de 1,4 Mt. Isso porque tecnologias têm sido atualizadas constantemente em busca de novas soluções, tais como os carros elétricos. E esse quadro não acaba no tanque, pois o desgaste de pneus também ajuda nessa jornada para o fim do mundo.
Embora um futuro promissor aponte no horizonte, o Brasil apresenta também um grande crescimento em sua frota veicular, que segundo o Relatório de Emissões Veiculares da CETESB, deve durar em média 10 anos. Portanto, até que todas as frotas sejam renovadas por carros elétricos, o que demandará muito tempo, reestruturação econômica e adaptação da sociedade, o uso de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) se tornam primordiais, ressalta Daniel Schnaider, presidente da Pointer by PowerFleet Brasil, multinacional líder em soluções para frotas.
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E o que a IoT pode fazer pelo Meio Ambiente? Schnaider responde:
– Redução de combustível: soluções disponíveis no mercado atualmente conseguem atingir uma economia de cerca de 26% de combustível por mês, em frotas com 8 mil veículos, por exemplo. Valor que se assimila em redução de poluentes pela combustão.
– Veículos em bom estado: ainda dentro do conceito de sustentabilidade, a IoT consegue planejar manutenções preventivas nos veículos, evitando assim que haja maior combustão de substâncias tóxicas por falhas mecânicas.
– Rotas: a roteirização de frotas por meio das soluções de IoT não só beneficiam a redução de custos e prevenção de acidentes, como também garante um menor tempo dos veículos nas ruas e com isso menor emissão de poluentes.
– Fator humano: se o motorista sabe como dirigir com segurança e proatividade, provavelmente reduzirá seus gastos com combustível e ações de desgaste desnecessários como os pneus, por exemplo, que são responsáveis por emitir partículas nocivas que saem da fricção deles contra o chão, e os freios também são um problema ambiental.
Segundo a Emissions Analytics (EA), sediada no Reino Unido carros modelos hacht novos, com pneus no calibre correto, em longas distâncias, emitem cerca de 5.8 gramas de partículas por quilômetro, enquanto escapamentos 4,5 miligramas por quilômetro. Em tempo real a tecnologia consegue identificar padrões não desejados como alta velocidade, pouca distância de outros veículos, freadas bruscas, entre outras ações e corrigir o motorista para que ele se torne melhor.