Harley-Davidson terá moto com 338 cm³ na China
A Harley-Davidson traz uma novidade importante para os motociclistas, a nível mundial. A fabricante assinou contrato de parceria com a Qianjiang, fabricante de motos chinesa, para criar uma nova motocicleta menor, abaixo dos 500 cm³ da Street 500.
Com esse acordo, a marca reforça sua intenção de aumentar a produção de motos fora dos Estados Unidos, decisão que deixou o atual presidente norte-americano Donald Trump bem contrariado.
A parceria foi oficializada no dia 19 de junho. Com ela, a marca quer aumentar sua participação na China, além dessa decisão fazer parte do plano de reduzir custos e ter metade do volume de vendas da marca total fora dos Estados Unidos até 2027.
A nova moto em questão, criada em parceria com a Qianjiang, que hoje é responsável pela fabricação das motos da italiana Benelli terá cilindrada de 338 cm³, uma dos menores em 116 anos de história da marca.
A previsão inicial é de que a nova Harley-Davidson seja vendida na China a partir do final de 2020, ou seja, 1 ano e meio de prazo, considerando que estamos em junho e isso ocorra em dezembro de 2020.
Na gama atual da Harley-Davidson as menores motos são da linha Street, com a 500 e a 750. Porém, acreditamos que o sucesso dessas motos ficou abaixo do esperado, inclusive, no Brasil, um mercado em que uma moto como a Street 500 aumentaria o market share da marca, ela nunca veio.
A moto com 338 cm³ busca tirar a marca no nicho de grandes motos custom e a tornar mais globalizada e principalmente acessível, para crescer em mercados como o Asiático, onde dominam as motos de baixa cilindrada e modelos scooter, assim como ocorre no Brasil.
Em segundo plano, com essa moto abaixo dos 500 cm³ a marca atualiza sua base com motociclistas jovens, pois é preocupação da marca também a média de idade alta dos clientes nos Estados Unidos, que estão envelhecendo.
O fato do alto valor das motos atuais é considerado um impeditivo para trazer novos motociclistas para a marca. Esse inédito projeto mudaria isso.
Ainda falando em China, as vendas da Harley-Davidson cresceram 27% em 2018 em comparação a 2017. Além disso, a marca aumentou os investimentos em sua fábrica na Tailândia para atender esse mercado e evitar as – salgadas – tarifas de importação.
Como parte de um plano chamado “Mais caminhos para a Harley-Davidson”, a empresa espera gastar de 675 a 825 milhões de dólares nos próximos quatro anos, prevendo gerar faturamento entre 5,9 e 6,4 bilhões de dólares em 2022. É muito dinheiro!
A Harley-Davidson apenas informou que após o lançamento na China, o modelo seria introduzidos em outros lugares da Ásia. Quem sabe o Brasil não entre nessa lista de países da inédita 338?
A BMW fez algo parecido ao lançar as G 310 R e G 310 GS, criadas em parceria com a TVS e está satisfeita com os resultados. A Triumph iniciou um projeto parecido com a Bajaj e cancelou tudo quando já tinha um protótipo pronto. Vamos aguardar os próximos passos da Harley-Davidson.
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